Novidadinhas


AHHHRÂM (tossidinha). OIE. Tirando as traças daqui. Ah, apesar de eu ter uma boa desculpa pra não ter postado durante tanto tempo, nem vou me explicar mais, porque vou postar quando tiver vontade der e pronto :P haha. Enfim, eu não tinha novidades, por isso não tinha o que contar. E no meu precioso tempo livre eu assisto meus amados seriados. Aliás, descobri um novo maravilhoso agora, sério, vocês PRECISAM assistir. Being Erica é o nome. É demais. É tão eu...

Enfim, vamos ao que interessa. (Não, ainda não vou falar sobre a agência) Depois de reprovar pela terceira vez na prova prática da CNH eu só consegui data pra refazer a prova dia 1º de novembro. É, dois meses depois. Como se eu morasse numa super capital. Mas não, o serviço que é ruim mesmo. Tá, daí eu marquei quatro aulas práticas. Não que eu precisasse - quer dizer, depois de tanto tempo sem dirigir eu acabo precisando, mas eu dirigia tão bem no começo que se não fosse o nervosismo eu teria passado de primeira. E sinto que quanto mais tempo se passa, pior eu vou ficando no volante, já que vou perdendo a prática e as manhas. Eu fazia baliza maravilhosamente bem, e agora tenho dificuldade...

Eu nem ia postar hoje, tava só idealizando meu post de sexta-feira que vai ser com o título "I GOT MY CNH", mas rolou um tempinho extra livre (sim, além do livre) e eu decidi escrever. Eu fiquei muito deprimida e desanimada depois da minha terceira reprovação. Vendo tanta gente tendo match, conseguindo o visto, embarcando, e eu aqui, parada, na mesma situação. Enjoei de ler blogs também, de tanto que li. E acabei enjoando um pouco do programa, porque de tanto que eu tinha lido, de tanta coisa que eu já sabia, parecia que eu já tinha feito e nem precisava mais fazer hahaha. Estou pensando seriamente em quando eu voltar trabalhar como consultora de vendas vendendo au pair até eu descobrir o que fazer da vida (ou até por em prática os planos caso eu já os tenha em mente).

Mas aí a quarta prova prática se aproximando me deu uma animação. Voltei aos pouquinhos a ler alguns blogs e estou fazendo planos de novo. Quanto à experiência com kids, ainda não iniciei o voluntariado. É, shame on me. Mas sábado o afilhado dos meus pais estava aqui em casa e eu fiquei cuidando dele, acho que isso conta né? hahaha Principalmente quando a criança é um pestinha que quer mexer em tudo e não consegue parar num mesmo brinquedo nem por 5 minutos. Aliás, esse será assunto de um dos meus próximos posts. Porque eu sei que quanto menor a criança menos tempo ela permanece numa mesma brincadeira, mas ele é demais. Já tem 4 anos! Ele trouxe banco imobiliário pra gente bricar, mas claro que sempre quer brincar com a decoração da minha prateleira e eu sempre separo folhas e materiais pra gente desenhar. Eu adoro brincar com desenho, tinta, massinha de modelar, essas coisas. Mas ele fez UM desenho e já queria fazer outra coisa! Assim não há brincadeiras existentes o suficiente! udhaiusiudhsiu

E quanto ao inglês, simplesmente não me sinto preparada pra ir do jeito que estou. É, eu tenho um nível acima da média, pelo menos da minha turma de inglês e do pessoal que eu conheço, mas eu ainda sou muito travada pra falar. E tento assistir filme em inglês com legenda em inglês e entendo muito pouco. Mas, se meu namorado que é fluente disse que o vocabulário do último filme que eu tentei tava difícil mesmo, eu mereço um desconto. Alguém tem sugestão de filme com vocabulário fácil pra assistir com legenda em inglês? :D

Ah, o que tem de novidade é que eu finalmente dei entrada no processo pra fazer meu passaporte. Amanhã o boleto será pago :D

É isso aí por enquanto. Torçam por mim.
E como está o processo de vocês? Me atualizem!

See you soon

   Perguntas e respostas para a Cultural Care


Bom, como desde o início eu sempre tive um feeling pela APIA e tal, decidi entrar em contato com a CC só para descarrego de consciência. Eu entrei em contato por e-mail com a mesma representante que uma amiga recomendou. Ela manteve cópia com a representante de São Paulo que decidiu intervir e me ligar num dia de semana à tarde. Eu estava no trabalho, onde não posso usar o celular pessoal, mas como o número era de São Paulo, resolvi atender.

Ela me falou da Cultural Care, que é a mesma nos EUA e aqui, que isso, que aquilo, tudo o que eu já sabia e depois começou a me perguntar coisas, se eu tinha os requisitos pro programa, quanto de experiência eu tinha com criança, de quem eu já tinha cuidado, foi aí que eu decidi encerrar a conversa dizendo que no momento eu não podia falar, pois estava trabalhando, mas que encaminharia as minhas dúvidas pra ela por e-mail. Seguem as respostas então. Vocês vão perceber que, diferente das respostas da APIA, que ficaram bem elaboradas, já que eu conversei com o consultor, essas vão estar bem curtas e grossas, como ela me respondeu por e-mail. Eu literalmente copiei e colei as respostas.

1- As famílias que escolhem quando a au pair tira as duas semanas de férias?
É acordado com a família. Não são eles quem escolhem, mas eles precisam consentir.

2- Como funciona o "um dia e meio" de folga semanal?
Você tem direito a 01 e ½ de folga, não necessariamente juntos. Em um dia da semana você trabalha meio período, e folga outro dia completo.

3- Eu conversei com a LCC, liguei pra CC e o meu problema x não foi resolvido. Se eu entrar em contato com meu consultor da agência aqui no Brasil ele vai conseguir fazer algo?
Por sermos a mesma empresa aqui no Brasil, e nos EUA, a comunicação é direta. Podemos te ajudar tanto daqui, quanto dos EUA. Entretanto, ao longo do seu ano como Au Pair, o seu processo será acompanhado dos EUA. (ou seja, sua consultora aqui não vai mais fazer bulhufas quando você já estiver ).

4- Por quais razões eu posso pedir rematch?
Geralmente, os casos de rematch são devido a não adaptação da Au Pair à familia, ou da familia à Au Pair.

5- Em caso de rematch, quanto tempo eu tenho para encontrar outra família?
As clássicas duas semanas.

6- Onde eu fico durante o tempo de rematch?
Esqueci de perguntar essa pra CC, depois pergunto e atualizo aqui.

7- Se eu desistir do programa, pago alguma multa? Preciso pagar a passagem de volta?
Não existe multa financeira, mas você tem que pagar sua passagem de volta, e não poderá ser Au Pair nos EUA novamente.

8- Se a au pair pedir rematch e não encontrar outra família no período de duas semanas, ela perde o direito à passssagem de volta?
Não perde a passagem de volta.

9- Se a família pedir rematch e a au pair não encontrar outra família no período de duas semanas, ela perde o direito à passssagem de volta?
Não perde a passagem de volta.

10- Todas as refeições estão inclusas no treinamento?
Todas as refeições estão inclusas no treinamento.

11- Como é a alimentação no dia do treinamento? (tenho alergia ao glúten, então estou preocupada com isso)
Você pode verificar as refeições feitas na escola de treinamento nesse link: http://www.aupairtrainingschool.com/meals.html

12- Posso acrescentar horas com kids no APP mesmo depois que já estiver online?
Sim. Não da para acrescentar fotos, mudar suas respostas e alterar sua carta. O restante você consegue modificar.

13- A CC dá alguma orientação para que as famílias incluam a au pair no seguro do carro?
As famílias são avisadas, que você tem que estar inserida no seguro do carro, para caso haja um acidente.

14- Caso aconteça um acidente de carro no meu horário de trabalho, terei que pagar algo? Se sim, tem algum valor máximo que a família possa exigir que eu pague?
O valor maximo que eles podem pedir para você é até US$ 500,00. Independente se o acidente por durante o horário de trabalho ou no tempo livre.

15- Sobre os trabalhos domésticos, o que a au pair pode fazer?
A au pair é responsavel por todo o serviço domestico relacionado à(s) criança(s). Nada alem disto.

16- A passagem de volta está inclusa no valor?
Sim, desde que você cumpra o periodo de 01 ano, e/ou extensão.

É isso aí guys, no próximo post então conto o resultado, por qual agência decidi ir, depois de meio ano pensando sobre, acompanhando histórias nos blogs e grupos do face e esclarecendo as dúvidas com as agências.

See you soon!

   Perguntas e respostas para a Experimento (APIA)

Eu visitei a Experimento no início do mês passado, como comentei nesse post aqui. Levei uma lista com as principais perguntas que eu tinha dúvida. Mas claro que as dúvidas continuam surgindo, então eu ainda troco e-mail com meu provável futuro agente perguntando cada dúvida que surge. Por isso pode ser que eu vá atualizando esse e o próximo post (que será com as respostas da CC).

Lembrando que, É CLARO, é óbvio que com todas as informações que temos disponíveis, seja em blogs ou nos grupos de au pair no face,  nós estamos muito espertas e vamos sempre esclarecer os mínimos detalhes com as famílias antes de fechar um MATCH. Cada um sabe suas prioridades, por exemplo: fechar apenas se uma família te deixar escolher as férias, se tiver os fins de semana livres, etc. Mas, teoricamente, legalmente, estas respostas que ele me deu estão corretas segundo a APIA, então cabe à família decidir se será mais flexível ou não:

1- As famílias que escolhem quando a au pair tira as duas semanas de férias?
Sim.

2- Como funciona o "um dia e meio" de folga semanal?
São 36 horas e não precisam, necessariamente, ser 36 horas corridas. A família que vai escolher o que fica melhor pra eles.

3- Eu conversei com a LCC, liguei pra APIA e o meu problema x não foi resolvido. Se eu entrar em contato com meu consultor da agência aqui no Brasil ele vai conseguir fazer algo?
Sim, ele tem certo poder e pode entrar em contato com a APIA para ver o que está acontecendo de errado.

4- Por quais razões eu posso pedir rematch?
Esse é um assunto delicado. Vejo muitas meninas que, quando contam suas histórias de rematch sempre dizem que a LCC quase sempre ignora o pedido no começo, finge que não é nada de mais, se a au pair insiste ela tenta conversar com a família e a au pair, aí ignora mais um pouco e só depois de muito stress dá o rematch. Bom, ele foi bem claro quanto à isso. Eu perguntei se poderia pedir rematch simplesmente por não ter me adaptado à cidade, não ter gostado, algo nesse sentido, e ele disse que por um motivo assim é complicado, já que no período da procura de famílias, quando eu estou falando com alguma eu posso pesquisar sobre tudo que tem na cidade, posso perguntar para a família, posso pensar bastante se aceito ou não. Resumindo ele disse que eu vou sabendo pra onde eu estou indo. Quanto à problemas com as famílias eles vão sempre tentar uma reconciliação primeiro. Claro que isso é ruim, porque apesar de sabermos teoricamente como vai ser o lugar, ao chegar lá podemos nos surpreender, pode ser totalmente diferente do que esperávamos, a família pode não ser como pensávamos... Sempre é possível se arrepender. Então o jeito vai continuar sendo escolher com bastante calma a família e esclarecer todas as dúvidas que conseguir antes de fechar um match.

5- Em caso de rematch, quanto tempo eu tenho para encontrar outra família?
As clássicas duas semanas.

6- Onde eu fico durante o tempo de rematch?
Caso não fique na casa da host family, você fica na casa da LCC com todas as refeições e sem pagar nenhum centavo.

7- Se eu desistir do programa, pago alguma multa?
Não, porém perde o direito à passagem de volta.

8- Se a au pair pedir rematch e não encontrar outra família no período de duas semanas, ela perde o direito à passagem de volta?
Na cláusula 3.1.1 do contrato diz o seguinte: A PARTICIPANTE tem conhecimento, que embora tenha sido realizado um trabalho preventivo muito sério para o sucesso de sua estadia junto à família hospedeira, poderá ocorrer, por motivos diversos, a mudança da mesma. Desta forma, caberá ao AU PAIR IN AMERICA efetuar a avaliação dos motivos ensejadores dessa necessidade de substituição da família hospedeira, e em sendo confirmada essa necessidade, o AU PAIR IN AMERICA se reserva o direito de tentar um remanejamento satisfatório da mesma em um prazo máximo de duas semanas. Contudo, caso esta condição não ocorra, a participante poderá ser repatriada, sem direito a qualquer devolução das quantias pagas ou depositadas, não sendo agraciada, desta forma, com o benefício da passagem aérea internacional de retorno ao Brasil.
Com essa cláusula eu fiquei encucada e perguntei pro meu agente por e-mail. Ele me respondeu que essa cláusula serve para dar à APIA o direito de avaliar se irá nos conceder ou não a passagem de volta. E que isso na verdade é uma forma de controlar nosso empenho e responsabilidade com o programa. Resumindo, se a APIA entender que o rematch não foi culpa nossa, eles vão pagar a passagem de volta caso não consigamos outra família, mas se chegarmos lá e batermos nas crianças, por exemplo, eles estão resguardados no contrato para não pagar a passagem de volta.

9- Se a família pedir rematch e a au pair não encontrar outra família no período de duas semanas, ela perde o direito à passagem de volta?
Mesma situação acima.

10- Todas as refeições estão inclusas no treinamento?
Sim.

11- Como é a alimentação no dia do treinamento? (tenho alergia ao glúten, então estou preocupada com isso)
O hotel onde todos os au pairs ficam na semana de treinamento é de um nível bem bom, então eles com certeza terão refeições adequadas para lhe oferecer.

12- Posso acrescentar horas com kids no APP mesmo depois que já estiver online?
Sim. Meu maior interesse é já ir preenchendo o APP, fazer trabalho voluntário e depois de online continuar com o trabalho voluntário e ir acrescentando as horas, por isso essa informação era muito importante pra mim.

13- A APIA dá alguma orientação para que as famílias incluam a au pair no seguro do carro?
Sim, eles incluem a au pair no seguro do carro. 

14- Caso aconteça algum acidente de carro, a au pair terá que pagar?
Isso vai ficar a critério da família, que poderá sim, cobrar o valor do conserto do carro (independente se foi no tempo livre ou no trabalho). Não há valor máximo que as famílias podem cobrar da au pair. Lembrando que, caso aconteça algum acidente no horário de trabalho, principalmente se as crianças estiverem no carro, é mais do que motivo suficiente pra família pedir rematch ou até mesmo querer desligar a au pair do programa.

15- Sobre os trabalhos domésticos, o que a au pair pode fazer? 
Esse é um assunto bem delicado que sempre gera polêmica nos grupos do face e causador de grande parte das brigas das au pairs com as families, né?! Pois é, tenho uma notícia não muito boa. A maioria de nós tem aquela ideia fixa (que deve ser regra em outras agências) de que a au pair só pode arrumar bagunça e limpar coisas das kids. Mas meu agente foi bem claro e me falou o seguinte: o programa sugere que a au pair faça parte da família. Claro que eles nem sempre vão nos tratar como filhos (como supostamente deveria ser), mas mais como sobrinhos do interior que estão passando um tempo na casa deles. Podemos, não só como devemos, ajudar nas tarefas domésticas. Porém, SÓ SE TODOS DA FAMÍLIA AJUDAM. Cada um fica responsável pela limpeza de algo; as tarefas são divididas entre todos... Aí sim não há problema algum da au pair limpar o chão, por exemplo, enquanto o host dad corta a grama e a host mom cuida das crianças. Agora se estão todos sentados de pernas pro ar enquanto todo o serviço fica pra au pair, aí sim isso NÃO PODE ACONTECER.

Outra coisa que ele deixou bem claro é que a família tem o direito de desligar a au pair do programa por diversos motivos (nem sempre justos), como por exemplo: caso ela tenha mentido/omitido sobre alguma medicação, não tenha a experiência com crianças que disse ter, o inglês é péssimo, essas coisas...

Bom, próximo post será com as mesmas perguntas, porém com as respostas da Cultural Care.

See you soon!

    Não foi dessa vez, de novo.



Loser. Assim que eu me senti na sexta-feira ao reprovar pela terceira vez na prova prática da CNH. Pra vocês terem ideia de como sou sortuda, vejam bem o que aconteceu: marquei novamente duas aulas antes da prova. Eu estava 2 meses sem dirigir! Exatamente, DOIS MESES! Não, eu não dirijo o carro do meu pai, porque na mesma semana que eu ia começar as aulas práticas ele insistiu tanto pra me ensinar que eu aceitei e bati o carro em menos de 5 minutos. Mas isso é uma longa história, então, resumindo, ele teve que assumir a bronca que não foi barata ($$$) e agora está traumatizado. 

É um absurdo esperar 2 meses pra conseguir refazer a prova, eu sei. Eu até cogitei trocar de cidade, mas agora que eu já conheço todo o trajeto, já sei de cor quais são as ruas preferenciais, prefiro não arriscar numa cidade nova e diferente. Então, eu cheguei lá pra fazer minhas aulas e minha instrutora me disse que meu carro estava com o banco estragado, que estragou na tarde anterior, o mecânico já estava fechando a oficina e não quis ir lá olhar. Eu fiquei indignada! Como assim não me avisam? Me fizeram acordar as 5:30 da madrugada, ir até lá, com toda essa expectativa pra me dizer que meu carro tá estragado??!! Eu tinha duas opções:

1- Fazia as aulas com outro carro e usaria o meu na prova. Sim, porque até as 9 horas o mecânico ia dar um jeito no carro porque ele PRECISAVA ficar pronto pra prova.

OU

2- Tentava reagendar pra próxima sexta-feira sem custo nenhum.

E a minha cara? Eu esperei 2 meses, eu passei a semana inteira pensando naquela bendita prova, eu acordei as 5:30 da matina, poxa! Então apesar da parte racional do meu cérebro me dizer que eu deveria adiar, a parte emocional me dizia pra fazer. Estava um dia lindo e eu não saberia como estaria na próxima sexta. E só de pensar em fazer uma prova em um dia de chuva já me dá calafrios.

Fiz as aulas tranquilamente. O carro era mais novo, mais macio e tal. Só encostava já acelerava, já freiava... Chegou na hora da prova eu mal consegui sair do lugar com o meu carro “original”. A embreagem super dura, eu soltava e não saía do lugar, tentei acelerar sem soltar o suficiente e não saía do lugar, recoloquei na primeira marcha duas vezes pra ter certeza que não tava tentando arrancar em terceira e nada do carro se mexer direito... Até que consegui soltar a embreagem o suficiente já tinha ficado nervosa, a cagada já tava feita. Esqueci um pisca na baliza, quando lembrei e liguei já sabia que se acertasse a baliza ainda assim precisaria de muita sorte pra passar, porque já tinha queimado meus 3 pontos. Fui dando a ré, dando a ré sem olhar no retrovisor até que o examinador dá um grito. Eu olho pra trás e já tinha encostado toda a traseira do carro na baliza. HAHAHA tive que rir pra não chorar. Ele veio, me mandou puxar o freio de mão, ponto morto... EBA! Saí do carro, dei uma olhada na cagada que eu fiz, coloquei as mãos na cabeça, peguei minhas coisas, meu papelzinho lindo escrito REPROVADA e nem tinha o que falar né. Minha instrutora só disse: “Vamo lá de novo!”

E é isso mesmo. Vamo lá de novo! Eu não chorei, não fiquei triste como da outra vez. Só tinha vontade de ir pra casa em vez de ir trabalhar... Eu senti uma indiferença com a vida. Um desânimo. Principalmente porque é só isso que tá faltando pra eu fechar com a agência agora que meus pais já sabem. É tirar a CNH, fechar com a agência, encaminhar o passaporte...  E também meus planos eram embarcar até julho de 2014 já com a definitiva, pra não ter todo o estresse de ter que deixar procuração para os meus pais pegarem a definitiva e terem que me enviar pelo correio... Já desencanei disso, já estamos em setembro! Não vou adiar mais ainda minha ida por causa disso. Vou ir com a provisória mesmo. A minha preocupação maior agora é conseguir tirar a carteira até fevereiro de 2014, que é quando vence minha LDV. Do jeito que tá, conseguindo refazer prova só de 2 em 2 meses... tá feia a coisa.

Alguns amigos me disseram que eu deveria armar o maior barraco lá no CFC, porque eles só trancaram o banco para a prova, sabe. Então eu não podia ajustar ele direito. Eles me disseram pra falar que isso me deixou nervosa, que me atrapalhou, pra pedir pra refazer a prova sem custo. Ainda estou pensando se faço isso ou não, porque a verdade é que não tenho tempo de ir lá em dia de semana. Começo a trabalhar antes de abrir e paro depois que fechou... Só em sábado. Nesse eu não consegui ir, e se eu for só no outro, acho que eles vão rir da minha cara por ter esperado uma semana pra ir lá reclamar.

Eu sei que LEGALMENTE, se eu pegasse um advogado, eu ganharia a causa. Porque além de esperar DOIS MESES, eu tive ansiedade durante a semana e tudo isso me causou sofrimento. Causa ganha na certa. Mas com certeza não vale a pena passar por todo esse estresse. De qualquer forma eu assumi a responsabilidade dos meus atos, sabe. Eu podia ter escolhido refazer a prova na semana seguinte. Ainda to pagando as prestações das duas provas anteriores, mas fazer o quê. Lá se vão as reservas do intercâmbio...

Agora eu vou fazer várias aulas. Se demorar de novo pra conseguir prova eu vou fazer umas duas aulas uma semana antes, duas durante a semana e duas antes da prova. Vou investir pesado que é pra não rodar de novo. Não aguento mais essa novela.

Enfim, nos próximos espisódios voltarei com as perguntas e respostas que eu fiz para as duas agências que me interessei em contratar: CC e Experimento. Não percam!

See you soon!

Mais um passo: Visita à agência e a tão temida conversa com os pais



Sei que eu sumi, mas, trabalho novo consumindo meu tempo, aproveitei as férias com o namorado, computador estragou, falta de novidades... Mas enfim voltei! :)

Nesse sábado que passou eu finalmente fui na Experimento esclarecer minhas dúvidas quanto ao programa. Eu estava adiando porque só podia ir em sábado e estava tendo sempre um compromisso ou outro. Em consequência eu acabava adiando a conversa com os pais, porque queria ter o material explicativo para mostrar pra eles e também em consequência adiando meu trabalho voluntário que só começaria depois que eles soubessem das minhas intenções.

Quando eu comecei a escrever esse post pensei que queria contar todas as perguntas que eu fiz e as respostas que o consultor me deu, então ficaria longo demais. Por isso agora eu vou contar só por cima sobre a visita e mais sobre a conversa com meus pais e meus planos daqui em diante, e depois faço um outro só para as perguntas.

Logo que eu comecei a ler os blogs de au pair e comecei a aprender um pouco sobre as agências tive o tal do "feeling" pela APIA. Simpatizei sim com a CC, mas o fato de ter só uma família por vez no app foi fator determinante pra eu deixá-la mais de lado. Cogitei sim a APC, mas depois de ler tantos casos tenebrosos, tantas histórias tensas, fiquei traumatizada e exclui totalmente a APC. Claro que existem MUITAS histórias felizes pela APC, mas o número de casos infelizes também é grande.

Acordamos cedo no sábado pra visitar a agência que fica cerca de 90 quilômetros da minha casa. Eu agendei hora e pedi que alguém com bastante experiência no au pair me atendesse, porque eu já tinha bastante conhecimento. Então foi o gerente que me atendeu. Eu fiz algumas perguntas que ele disse que ninguém nunca tinha feito, teve até que olhar algumas coisas no contrato haha. Me mostrou o APP, esclareceu minhas dúvidas e eu pedi até uma cópia do contrato. Ele imprimiu direto do APP de outra menina e riscou os dados dela, porque o contrato é gerado pelo sistema. Saí de lá satisfeita.


Eu estava decidida a conversar com meus pais no sábado a noite, então aproveitei quando minha mãe perguntou da visita pra sentar com eles na sala e mostrar as revistas. Apesar de eles já saberem há bastante tempo que eu quero muito fazer um intercâmbio, eles não sabiam que eu faria um de 1 ano. Entreguei a revistinha pra minha mãe e o outro documento pro meu pai. Disse que era o único que cabia no meu bolso e esperei eles lerem. O namorado ficou junto, olhando TV e me dando apoio emocional via telepatia (?) aheuahieuhe. Eles leram e não falaram nada. Meu pai só perguntou da agência e comentou que precisava de CNH pra ir... Minha mãe disse: "Se é isso que tu quer...". 

Esperei mais um pouco sentada lá, eles sem falar nada... Minha mãe foi no banheiro, voltou e eu falei: "Dúvidas, sugestões ou reclamações?" Aí minha mãe disse que por ela eu não iria e bla bla... Meu pai olhou com aquela cara pra ela de "Não fala assim, mulher" (porque ele já mostrou apoio antes). Daí eu falei que era uma ótima oportunidade, que iria conhecer muita gente nova, iria voltar com inglês fluente pra conseguir um emprego melhor aqui... Aí ela disse que eu to certa, que tenho que ir mesmo, e depois conseguir um emprego melhor pra sustentar eles quando ficarem velhos hahaha. Aí eu respirei melhor. Tirei muitos quilos das minhas costas. Mas daí ela continuou: "Mas bah, UM ANO..." E eu: "Mas passa rápido, e se eu não gostar eu posso voltar..." Sei que ela fala que não quer muito porque vou ficar longe, que apesar de eles não demonstrarem, me amam muito, eu sou filha única, então vou deixar eles sozinhos... Aliás isso foi outra coisa que ela falou, que se arrepende de não ter tido outro filho. Claro que eu fico triste também por deixar eles, mas eu posso continuar nessa mesma vidinha anos e anos ou eu posso passar um ano fora vivendo muitas experiências que vão me fazer crescer, amadurecer, viajar e ter lembranças incríveis pro resto da vida. Os anos passam tão rápido, sabe. Quando vemos já é Páscoa de novo, e então Natal, depois Ano Novo, e depois tudo de novo. A vida não é curta, mas ela passa muito rápido. Então vamos aproveitar ao máximo. Falamos sobre valores, eu pedi pra eles não contarem pra ninguém e fui fazer meu omelete pra janta haha. Assim acabou a tão temida conversa.

Apesar de já estar quase 100% decidida pela APIA, no próximo sábado dia 10 eu pretendo ver uma consultora da CC. Talvez eu mude de ideia até sábado, preciso pensar melhor, mas quase certo que vou. Depois é só correr atrás de trabalho voluntário, conseguir a CNH, fazer o passaporte, preencher o APP... mas agora que dei mais um passo estou muito mais animada! :) 

Logo volto com o post das perguntas e respostas!

E vocês, como estão?

See you soon!

Não foi dessa vez :(

Como eu falei no post anterior, sexta-feira era o dia da minha segunda prova prática da carteira de motorista. Eu estava um pouco nervosa, mas dessa vez não esqueci meus fones de ouvido e isso me ajudou a relaxar. Só que meu dia não começou muito bem porque perdi - ou pensei ter perdido - meu ônibus, já que quando eu estava saindo de casa ele (ou outro igual) passou. Detalhe que ele passa na rua de baixo da minha casa e só de uma em uma hora mais ou menos. Caminhei 15 minutos pra pegar outro ônibus, quando eu cheguei na parada o outro já veio, eu fiz sinal e ele não parou, mas logo atrás veio o meu ônibus. Ou seja, eu caminhei até lá pra nada, porque ele não havia passado. Ok, isso me deixou brava porque significava que ele estava atrasado, eu caminhei até lá pra nada e iria me atrasar.

Cheguei 5 minutos atrasada (sendo que a tolerância é de 10 minutos quando a aula é dupla) pra minha aula prática que começava as 7 horas. Comecei mal colocando da primeira marcha pra terceira e a instrutora já me xingou. Mas eu tava mais de um mês sem dirigir! Já tinha esquecido tudo. Ela foi meio grossa mas no fim me deu dicas bacanas (todas as aulas eu fiz com o mesmo instrutor que não estava disponível nesse dia, então ela me deu dicas que ele não tinha dado) e tivemos duas aulas muito produtivas. Fiz balizas perfeitas e andei super bem, ela até me elogiou no final da aula e disse que tinha tudo pra dar certo.

Acabou a aula, fui lá escutar o blablabla da tia que acalma a gente dizendo que tudo vai ficar bem e na semana seguinte estaremos indo buscar nossas carteiras. Assim que ela terminou eu fiquei de costas pras pessoas ouvindo Legião Urbana e tentando me concentrar.

Não demorou muito chegou a minha vez. Fiquei feliz que era outro examinador e tal, entrei no carro, fiz minha baliza perfeita, começamos a andar, fiz tudo certinho, já tava super feliz, acreditando que ia passar, estacionei na lomba, encontrei o ponto da embreagem, arranquei perfeitamente (ou quase) e ele: "DOBRA A DIREITA, DOBRA E ESTACIONA ASSIM QUE PUDER!!!" Eu pensei: como assim?? Acabei de estacionar!! O que eu fiz de errado? PQP, rodei."


Mas ok né, estacionei e ele: "Tu tá bem? Tá tudo bem contigo?" E eu: "Sim, claro, por quê??" Aí ele: "Tu não pode te atirar assim na frente dos carros, tem que olhar o retrovisor!!". Aí eu fiquei calada, sem reação, porque eu não entendi o que tinha acontecido e pensei que ele tinha me reprovado. Mas aí ele disse: "Tá, se tu tá bem pode continuar agora".

Aí o fdp me manda pra uma lombinha bem num cruzamento onde eu apaguei 3 vezes na minha penúúltima aula. Mas tudo bem, porque com as aulas de antes da prova eu tava bem tranquila com o ponto da embreagem. Aí paro, porque não basta ser um cruzamento em lomba onde não é minha preferencial, ele ainda me manda dobrar a esquerda, mas beleza, vou lá eu bem facera, encontro o ponto quando tem um carro perto, mas mesmo assim eu vou. Pronto, era tudo o que ele queria pra me reprovar.

Quando nós chegamos eu ainda tinha esperança, pra mim eu tinha passado. Aí ele bem sério: "Nossa, eu me apavorei, tu se atira na frente dos carros, a gente escapou por pouco de uma batida!! Eu te tirei 2 pontos na primeira vez, deveria ter te reprovado na hora, mas te dei uma chance e tu fez de novo! Tu dirige bem, mas precisa prestar mais atenção, sinto muito, mas eu não vou poder te aprovar, tu vai ter que trabalhar mais isso com teu instrutor".


E eu peguei aquele papelzinho, me virei e saí de lá com muita raiva, andando na rua sozinha desolada feito uma louca chorando (porque eu tinha que caminhar um monte até o restaurante) e as pessoas me olhando.


GEEEEEEEEEEEEEENTE PELO AMOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOR DE DEEEEEEEUS!!!!!!!

Resumindo foi assim: na lomba quando eu encontrei o ponto da embreagem e fui arrancar eu realmente esqueci do retrovisor, então não sei o quê aconteceu, se tinha realmente um carro muito perto, mas se foi tão grave que "a gente escapou de uma batida por pouco" como ele disse, porque não me reprovou ali?? Daí parece que ele quis encontrar mais um motivo pra me reprovar e disse que lá no cruzamento eu me atirei na frente do carro. Tava um movimentão do caraleo, até parece que no dia-a-dia as pessoas ficam hoooras esperando todos os carros do mundo passarem pra depois elas irem. Eu fiquei muito puta. E pior, ele me deu 7 pontos!!!! Ou seja, se na primeira vez ele me tirou 2, ele me tirou 5 na segunda, que pra mim não foi nada de mais!!!

Mas ok, se eu errei na lomba a culpa foi minha, tudo bem, mas que esse DETRAN é uma máfia de dinheiro, isso é! Eu nunca fiz esse tipo de coisa em aula, eu sempre espero toooodos os carros passarem, sempre presto muita atenção, sabe. Quem deveria julgar se tu está apto ou não para dirigir é teu instrutor, não uma pessoa que te vê dirigindo por 10 minutos num momento de super tensão e nervosismo.

Eu fui lá na CFC marcar outra prova logo em seguida, mas a menina disse que eu precisava esperar até ontem, só que eu não tenho como ir em dia de semana, eu trabalho, sabe. E o pior é que tem que ser a pessoa mesmo, então vou conseguir ir só no sábado. Daí de certo vai ter pra só daqui um mês de novo e eu vou ter que marcar aulas e vai atrasar todos os meus planos mais uma vez. Essa carteira tá me saindo mais caro e mais demorada do que eu esperava.

Mas mudando de assunto, acreditam que essa noite eu sonhei que fui numa loja de malas comprar uma mala pro au pair com os fechos que nem a Inaiê mostrou nesse post aqui? HDSAHDOASHDOIASHDA Nossa, eu ri quando acordei e lembrei haha.

See you soon!

Novo emprego e bla bla bla

Hello everyone!

Não, eu não abandonei o blog. E é bem provável que eu nunca faça isso. Mesmo depois de voltar do au pair. A não ser, claro, quando eu tiver uns 30 anos e um filho, talvez haha.
A verdade é que eu não voltei antes porque ainda estava (e estou um pouco) no mesmo clima do post anterior. E não queria vir aqui encher vocês com mais ladainha. Mas acabei vindo, de qualquer forma hdfsiuhfisud

Mas eu tenho novidades também. Consegui um novo emprego, de carteira assinada agora. E sim, isso fazia parte dos meus planos e eu estou muito feliz que tudo esteja dando certo. A verdade é que eu pretendo trocar de curso em 2014/01 e por isso não podia estar no estágio, porque iria perder ele (que é vinculado com meu curso atual), e ficaria pobre pro au pair. Pois é, pretendo fazer só um semestre de outro curso antes de viajar, porque eu vivo um dilema com cursos de graduação e quero ir pros states com ideia de como é outro, aí quando eu voltar decido o que fazer da vida. A história é beeem mais longa, claro, mas qualquer hora eu conto ela na íntegra (ou não).

Pois é, mas voltando ao novo emprego, eu não consegui deixar de comparar ele com o au pair novamente em todos os momentos do processo. No dia da entrevista, na espera pela resposta, ansiedade, felicidade por ter conseguido, o primeiro dia de trabalho, o fim da lua-de-mel (que acabou cedo, aliás fhdsuiof), o abuso, etc etc.

Eu fiquei triste por sair do estágio, porque eu realmente adorava trabalhar lá e minha chefe ficou muito triste também. Ela até pensou em me efetivar pra não me perder, mas quando eu falei o salário que iriam me pagar, ela disse que não poderia competir. Eu fiquei feliz por ela dizer isso, porque apesar de gostar de lá, eu já estava cansada de muitas coisas, principalmente da porquisse deles, de só eu trocar o lixo do banheiro (que fedia muito, aliás) e essas pequenas coisas que vão cansando. Aliás eu canso muito rápido de tudo e a sensação que eu tive de sair de lá foi provavelmente o mais próximo que eu já vivi do sentimento de ir embora de uma host family haha.

No primeiro dia no novo emprego eu tive jobsick. Isso mesmo que você leu, jobsick HAHA nem sei se essa palavra existe, mas ok. Eu pensei: “pqp, o que eu fiz? Larguei meu estágio molezinha, onde eu ficava no face o tempo todo e sabia exatamente minhas tarefas e responsabilidades sem ninguém ficar me enchendo o saco pra vir trabalhar de secretária-faz-tudo aqui nesse lugar, com essas pessoas desconhecidas, sem nem poder acessar meu e-mail porque é proibido..!!!”

Mas essa sensação de ter largado minha zona de conforto passou logo no segundo dia, até porque o pessoal daqui é muito bacana e todos me receberam muito bem, me deixando bem confortável. Depois que eu me habituei ao ambiente também lembrei que era uma grande oportunidade de crescimento. Além, é claro, das minhas segundas intenções (pedir acordo quando eu for sair pra receber seguro desembro e ir ryca pros states muahaha [que o ministério do trabalho não leia isso!!]).

Eu to gostando do novo emprego. Como eu disse, o pessoal é legal e não é um ambiente de fofoca (acredite, isso faz toda diferença dentro de uma empresa). Tem uma tia que vem limpar todos os dias (!!!!!!! Minha felicidade com isso é indescritível!!!!! haha E ela recolhe os lixos também!!!). Eu fico na recepção e minha principal função é atender o telefone, passar as ligações, fazer algumas ligações, atualizar as mídias sociais da empresa, essas coisas. Piece of cake. Fico bastante tempo sem ter o que fazer, aí acesso o face pelo celular meio escondido haha. Acabo sendo secretária pessoal da família também, indo na padaria comprar pão pra dona da empresa, na clínica autorizar exames pra ela (adorooo porque posso dar uma voltinha na rua haha), ligando pra operadoras de telefonia pra ver planos de internet pro chefinho segundo, no big deal.

O salário é bem atraente também. E é o que me deixa mais feliz, porque vou poder juntar mais grana pro au pair. Mas é claro que, como tudo, aqui também tem o lado ruim. Além de não poder usar o computador pra coisas pessoais e a internet ser monitorada, eu preciso levar água e cafézinho pros clientes e fornecedores em reunião, depois recolher os copos e xícaras... até aí tudo bem, é minha função. Mas outro dia de tarde a chefe mor me pediu pra lavar a louça que estava na pia (!!!!) E eu fiquei tipo assim: are you kidding me?

Tá, tinha xícaras sujas da reunião, mas tinha muito mais coisas dos outros colegas que não lavaram as suas xícaras (e cada um tem que lavar a sua). Segundo ela, a tia da limpeza lava, mas como ela vem só de manhã, se eu tivesse um tempinho poderia lavar pra não ficar louça suja até o outro dia. Só que eu não tive um tempinho, porque fiquei very busy com as ligações pras operadoras pro outro chefinho, então sorry, não consegui lavar.

Hoje eu me estressei com mais umas cositas, engoli alguns sapos, desabafei kazamigas e bola pra frente que amanhã é payday! Yeah! #todascomemora.

Eu comecei quarta-feira passada (nossa, parece que foi ontem!!!), faz apenas uma semana, então não tenho muito o que contar. E eu to contando tudo isso porque é minha vida, acaba influenciando no au pair. A quantidade de detalhes é só uma consequência hfisdhfiosd não consigo escrever pouco, já falei. Sobre o au pair especificamente, não tenho novidades. Ainda não contei pros meus pais nem visitei as agências, mas desse mês não passa, I swear.

E amanhã também é sabe o quê? Alguém lembra? hahaha Isso mesmo! Acertou quem disse: dia da minha segunda prova prática da CNH! Então se preparem porque eu vou vir aqui gritar I GOT MY CNH!

Beeeijo na bunda!

See you soon.

Lenga-Lenga Auperiano

Há um tempo atrás (acho que foi em março ou abril) escrevi um post que pretendia ser o segundo post desse blog. Mas como eu demorei pra conseguir fazer o blog, meus sentimentos mudaram em relação ao que eu sentia quando escrevi aquele post, então decidi não postar ele e esperar me sentir daquela forma novamente para só então postá-lo. Acontece que na época eu estava empolgada com o au pair, mas estava calma, porque sabia que me faltava CNH, experiência com kids, paciência, independência, melhorar o inglês e juntar grana pra viajar bastante por lá. Eu estava até tendo homesick antes da hora! HAHA Então por mim estava tudo bem ir só em julho de 2014. Eu estava bem decidida a aproveitar todo o meu tempo aqui com a família, amigos, meu quarto, minha cama, durante esse um ano de espera.

Mas acho que eu li blogs demais e fiquei fissurada no assunto (como deve acontecer com todas). Eu passo muito tempo lendo sobre a vida das meninas que estão ficando online, tendo match, conseguindo o visto, embarcando, chorando, viajando e a vontade de viver tudo isso só aumenta. E agora esses dias de espera parecem uma tortura. Mas eles parecem uma tortura porque EU não estou progredindo no meu processo. Eu ainda não visitei nenhuma agência, sei que preciso fazer trabalho voluntário, mas ainda não fui atrás, rodei na primeira prova prática da CNH... Só que eu não consigo me organizar pra fazer tudo.  E confesso que eu  também to com bastante preguiça. Já até imagino quanta dor de cabeça vou ter.


Mas eu tenho medo também, sabe. Eu mudo de ideia muito rápido e tenho medo de ano que vem não querer mais o au pair. Porque eu quero tanto agora... Também tenho medo de conseguir o emprego que eu quero e por causa dele adiar ainda mais a minha ida. Antes eu queria ir depois de julho pra estar aqui quando a copa acontecesse, mas com toda essa confusão, decidi que isso nem é mais prioridade.

Por mim eu ficava online ontem. Mas não vai ter jeito, pra isso eu vou ter que fazer trabalho voluntário em fim de semana, porque as escolhinhas só estão abertas na hora em que eu estou trabalhando, e eu estudo todas as noites. E a verdade é que estou com receio de ir a um lar que tem perto da minha casa perguntar sobre isso. Não sei se serei bem aceita, se as crianças vão gostar de mim... Pois é, tenho problemas com rejeição.

Eu ainda nem se quer contei para os meus pais! Eu vou pagar e não importa o que eles disserem eu vou ir. Mas é óbvio que sempre queremos a aprovação da família. Eles sabem que eu quero fazer um intercâmbio, mas pensam que é de estudos, como era a ideia inicial. Minha mãe sabe que tem gente que vai pros EUA trabalhar de babá, mas ela só conhece isso como uma forma de ganhar dinheiro. Tenho medo de eles dizerem que eu não sirvo pra isso, que eu não levo jeito com criança, que eu vou viver me contaminando (por causa da doença celíaca, mas isso já acontece aqui em casa de qualquer forma). Tenho argumentos contra tudo o que eles disserem, o problema é que vou chorar dependendo da reação deles. Sou sentimental demais e eles sempre esperam que eu tenha sucesso em tudo o que eu faço, então o medo de desapontá-los também é grande.

Ou seja, estou meio que evitando esse momento porque vai ser difícil, mas a verdade é que depois que eu contar para os meus pais eu finalmente vou poder correr atrás de tudo com mais tranquilidade. Sei que a vida é minha, então eu estou aprendendo aos poucos a não me cobrar tanto. As férias de julho estão chegando e vou fazer uma promessa pra mim mesma: vou dar início ao meu processo oficialmente. Vou visitar as agências, vou visitar os lares, vou convocar uma reunião de família junto com o namorado (porque quando estou com ele me sinto mais segura) e vou torcer pra passar na minha segunda prova prática da CNH, pois quero muito já ir para os EUA com a definitiva.

Quanto ao inglês, decidi que esse vai ser meu último semestre. No primeiro semestre de 2014 vou estudar inglês por conta, porque é uma grana a mais que vou ter para o intercâmbio.

Esse post ficou meio confuso, meio cheio de lenga-lenga, mas acho que é normal essa confusão de sentimentos. O que eu mais queria agora era já estar online. Ou melhor, já queria estar pegando meu voo pra essa nova vida.

E vocês?

Chefes x Host Families

Olá pessoal!

Continuando o assunto do post anterior, então... (se você não leu, clique aqui)

Eu tive 3 chefes até hoje. A primeira nem posso contar porque acho que troquei duas frases com ela durante os meus 6 meses de estágio. Então vou fazer um comparativo só entre a segunda e a terceira, ressaltando os pontos positivos e os negativos.

CHEFE A:
Era justa comigo na maioria das vezes. Como ela passava perto da minha casa no caminho pro trabalho na ida e na volta, eu a esperava num certo ponto e ela me dava carona, depois me largava no mesmo ponto de novo. Começávamos as 7:30 e saíamos as 17hs em ponto todos os dias. Éramos só ela e eu na empresa. E o irmão dela que era sócio, mas que trabalhava em outro local, então não fazia nada lá, só ia pra encher o saco mesmo. Ainda bem que ele não ficava o dia inteiro. Nós fazíamos lanche da manhã e da tarde (isso é super importante pra mim) e de vez em quando ela levava bolo ou comprava pão de queijo pra mim também. Outro pequeno gesto que faz toda a diferença pra mim. Porém a empresa só abria no horário que trabalhávamos, mesmo, então se eu precisasse faltar não tinha como recuperar, era desconto no salário sem choro nem vela. No feriado facultativo de carnaval, ELA queria fazer feriadão. Se ela estava saindo, eu não tinha como trabalhar, pois não tinha a chave da empresa, e mesmo assim ela me fez pagar esses dois dias de trabalho. Pra ser no mínimo justo, ela deveria ter me descontado só um e dado o outro. Mas eu gostava do horário de trabalho, era perto de casa, o trabalho era bom, ela me PEDIA pra fazer as coisas e não MANDAVA, e isso é outra coisa importante pra mim. E ela valorizava o meu trabalho, tanto que me deu aumento duas vezes no um ano e pouco que trabalhei lá.

CHEFE B:
Com certeza nunca terei outra chefe melhor. Querida, se preocupa comigo, me libera quando preciso fazer algo sem problema algum, sem precisar recuperar as horas nem ser descontada no salário. Me liberou muuuitas horas pra eu tirar minha CNH. Me explica sempre tudo o que eu tenho dúvida e como é ela é jovem, entende totalmente tudo. Ela é um ser humano. Sim, eu digo isso porque parece que a maioria dos chefes não são pessoas normais. Eles não gostam de sextas-feiras porque sábado e domingo não tem trabalho, não gostam que funcionários fiquem doentes, não gostam que parentes de funcionários morram porque eles vão faltar ao trabalho. É, parece exagero, mas o que mais tem por aí é chefe assim. E a minha não, assim como a maioria das pessoas, ela adora sexta-feira, não gosta de trabalhar em fim de semana, aproveita quando tem feriado pra fazer feriadão... Com ela eu posso falar num dia de chuva que a vontade era de ficar dormindo... Essas coisas fazem TODA a diferença na minha vida, no meu trabalho. Isso não significa que eu trabalhe menos, pelo contrário, eu trabalho com mais vontade e mais qualidade, porque faço porque quero, faço porque gosto de estar ali, de fazer parte do crescimento de uma empresa assim.

Tá menina, até agora tu só elogiou, mas e os pontos negativos? Então, aí é que tá. É uma empresa familiar... Escritório de parentes do lado, onde dividimos a cozinha e o banheiro. Seis pessoas usando UM banheiro e só EU troco o lixo. Se eu não trocar fica transbordando meesmo, aí fica mais difícil pra eu trocar. Uma vez eu fiz o teste. Deixei transbordar... Ficou umas duas semanas sem trocarem, eu não agüentava mais, quase morri pra conseguir trocar aquele lixo fedorento e nojento. O mesmo com a lixeira orgânica da cozinha. Transbooorda comida velha e fedorenta, só que essa eu não troco. A faxineira vem limpar uma vez por semana. Ela limpa o chão com água e um pano velho. Isso mesmo, sem NENHUM produto de limpeza. O banheiro continua fedendo e nem o pó das coisas ela tira. Detalhe que é a mesma pessoa que faz a faxina na casa deles!! Então eu troco o lixo, limpo a minha mesa e a da minha chefe quando ela não está; já teve uma vez que organizei tuuudo aqui porque ela é extremamente desorganizada... Eu trago almoço, então lavo meus potes aqui e depois lavo tudo de novo em casa, porque o detergente é vagabundo e tenho nojo do pano de prato, que aliás, se eu não trocar ninguém troca também. Troco toalha de rosto e pano de prato uma vez por semana pra não parecer abusada demais, e já acho super nojento. Na minha casa a toalha de rosto fica no máximo dois dias! Mas por causa de tudo o que eu descrevi de bom, compensa, sabe. Então vale a pena.

Enfim, o que eu quis dizer com tudo isso, é que sempre vão haver pontos positivos e negativos (e eu mesma preciso aprender isso), nada nunca será perfeito. E uma ótima maneira de ver o que é mais importante pra você na host family, é comparando com o quê é importante no seu trabalho e no seu dia-a-dia aqui no Brasil. Claro que aqui eu não vou conversar sobre o lixo com eles porque não acho necessário criar climão por causa disso, mas caso fosse a realidade na HF, um dia eu chamaria eles pra conversar e diria que não me importaria de trocar o lixo se todo mundo também trocasse, e não SÓ eu.

É importante avaliar o que você suporta e o que não aturaria de jeito nenhum, isso ajuda a decidir se você quer uma família que disponibilize carro, fds off, banheiro privado ou não. E quanto aos pequenos detalhes que também fazem diferença, infelizmente só descobriremos com a convivência, então são eles que vão determinar se você vai ser feliz na família ou se precisará pedir rematch. Acontece, né? Por isso a importância de se por tudo na balança. Aliás, depois desse emprego, estou cogitando seriamente banheiro só pra mim como prioridade haha.

Aposto que quando for a minha vez eu vou me esquecer de todos os meus conselhos e viver fazendo drama HAHA. Vamos ver né.

E quais são os pontos positivos e negativos da sua family? Conta aí!

Alguma Host Family tem salvação?


Olá meninas! (algum menino acessa?)

É o seguinte: Quanto mais eu lia posts e comentários no AuPair Mom, as histórias cabeludas de Au Pairs em seus blogs e suas reclamações nos grupos do facebook sobre a exploração, a falta de respeito e afins, menos vontade eu fui tendo de ir para os Estados Unidos. Sim, porque a impressão que eu tinha a partir de tudo isso é que os americanos só se importam com o próprio umbigo. Aliás, é por isso que lá não se pode furar fila. Não é porque é injusto com todas as pessoas que estão esperando, é porque é injusto com a pessoa pela qual o furão de fila passou na frente. (sim, por enquanto estou gereralizando).

Nós sabemos que o que as agências divulgam para as HF é sim uma mão de obra barata. Vide anúncios publicitários das mesmas. "Tenha uma nanny por USD 7.00/hora!" E aí por diante. Assim como nós também sabemos que a maioria das pessoas escolhe o Au Pair pelo valor do programa. Ou vai dizer que se você pudesse ficar um ano em outro país só curtindo / viajando / estudando você ainda assim preferiria o Au Pair? Pouquíssimas pessoas responderiam que sim.

Mas lendo o APM eu descobri também que existem sim famílias que além do financeiro também têm interesse pela troca cultural que o programa Au Pair oferece, assim como pela segurança de ter seus filhos sendo cuidados por uma pessoa que está dentro da casa deles, com quem conversam diariamente, supostamente confiam, observam o comportamento e podem monitorar. Algumas ainda se preocupam em ter uma boa relação com a AP, convidá-la para os assuntos da família, para os passeios, as viagens... Mas, é claro, irão sempre priorizar o conforto e segurança da sua própria família, afinal, o estranho no ninho é a AP.

O que me surpreendeu bastante em alguns posts do Au Pair Mom, é que realmente existem famílias mais preocupadas com a AP do que o normal (normal para os americanos), que se importam com a privacidade / felicidade / lazer e descanso delas mais do que o normal, e isso me deixou realmente feliz. Porque não são só as reclamações de AP no face que estavam me preocupando, mas principalmente alguns comentários das próprias HF (se mostrando muito mais egoístas do que o normal) no APM também.

Achei interessante esse post no APM onde a HM pedia conselhos porque estava preocupada em pedir rematch porque sua atual AP poderia não encontrar uma nova família, tendo que voltar pro Brasil. Segundo a HM: "Nós queremos rematch, mas por outro lado, mais uma chance não parece má ideia, e eu não conseguiria aguentar a ideia de  destruir a vida dela a mandando para casa." (tradução livre).

E nesse caso, a errada era mesmo a AP! Segundo a HM, apesar da AP ser doce, carinhosa e amar as crianças, ela já tinha tentado todo o tipo de conversa, explicado tudo direitinho, comprava coisas para ela fazer crafts e brincadeiras com as crianças, e ainda assim a AP era preguiçosa, parecia sempre desanimada e nunca fazia nada com as crianças. Também não se esforçava em aprender inglês. E MESMO assim a HM não tinha coragem de pedir rematch. Mas adivinhem como foram os comentários de outras HF em resposta ao post dela? Resumindo foram assim: Dane-se a AP! Quem tem que encontrar outra HF pra ela é a agência e não vocês!

E isso é verdade, porém a sensibilidade da HM para com a felicidade da AP realmente foi admirável. Principalmente pelo fato de ela continuar tentando fazer as coisas funcionarem. As famílias realmente não precisam aturar uma AP assim, mas elas podem se importar com ela e tentar manter uma boa relação, tentar conversar quando as coisas não vão bem, ter empatia. Essa é a palavra: EMPATIA.

Eu consigo comparar HF com chefes, porque assim como existem bons chefes, existem também boas HF. Como no meu caso: tive uma chefe que era justa, mas que não se importava muito comigo, se eu precisava fazer algo realmente importante e não poderia por causa do horário da empresa (que era bem complicado) ou se eu estava morrendo de frio com o ar-condicionado porque não tinha levado casaco. São pequenas coisas que fazem toda a diferença na convivência das pessoas. E agora eu tenho uma chefe maravilhosa que realmente se importa comigo. Por causa disso, eu aturo algumas coisas aqui no escritório, mas no fim acaba valendo a pena por causa dela e do trabalho. Vou falar mais sobre essa relação chefe x HF num próximo post (que já está pronto, aliás), porque esse já está grande demais.

Então acho que é isso, pelo que eu percebo, a gente consegue salvar sim algumas famílias que podem fazer toda a diferença (pra melhor) no nosso ano de au pair. Mas, para isso, é necessário pensar quais são as prioridades de cada um e onde seu calo aperta. Claro que as HF também podem mentir muito, então precisamos contar com um pouco de sorte também haha.

E uma pergunta para as atuais Au Pairs: Sua família não está nem aí, ou realmente se importa e sente carinho por você?

Já abri mão pelo au pair #1

Voltei rápido, né?! É que estou cheia de ideias de posts e elas estão surgindo muito naturalmente. Espero que dure bastante essa inspiração! Mas vamos ao que interessa:

Existem as au pairs que seus pais pagam pelo seu programa e existem as que juntam seu suado dinheirinho durante anos pra realizar esse sonho. Eu, infelizmente, faço parte do segundo grupo. Infelizmente porque poderia usar esse dinheiro para viajar lá, mas a parte boa é que podemos aprender muito com isso, como, por exemplo, a valorizar muitas coisas que talvez antes não déssemos tanta importância. E, para conseguir guardar dinheiro, eu (mera estagirária), assim como muitas de vocês (acredito), precisamos abrir mão de bastante coisa. Afinal, como a minha mãe sempre me disse: “tu não pode assoviar e chupar cana ao mesmo tempo”.

Ter um smartphone fodão – não que eu seja super viciada em tecnologia, mas que smartphones unem o útil ao agradável, isso não podemos negar. Só que até fevereiro desse ano eu usava um celular velhinho, que até do meu namorado já tinha sido. Mas ele, digamos assim, estragou. E eu como boa au poor adivinhem o que iria fazer? Acertou quem disse usar outro velho que estava guardado. Mas nem carregador ele tinha mais, aí pedi pra minha mãe comprar um carregador porque a loja é no caminho do trabalho dela. A noite cheguei em casa e tinha um pacote de presente em cima da mesa. Como março é o mês do meu aniversário, meus pais resolveram me dar um celular novo. Só que não era dos melhores, nem wi-fi tinha (eles acharam que tinha), aí com muito esforço consegui trocar na loja por um Galaxy Y porque pensei que era bom o suficiente e cabia no orçamento. Engano meu, porque gastei dinheiro e descobri que ele só tinha 180mb de memória interna, ou seja, a função de um smartphone que é ter aplicativos e tal é totalmente inútil se você não tem memória pra armazená-los. Por R$ 100,00 a mais eu poderia ter comprado um com 3gb de memória interna.

Abandonar a academia – eu estava super orgulhosa de mim mesma porque em dezembro do ano passado comecei a freqüentar academia. Fazia uns dois anos que queria e nunca conseguia. Primeiro por falta de tempo e dinheiro. Depois tinha dinheiro e não tinha tempo. Daí finalmente consegui tempo e dinheiro. Fiz durante 4 meses e era ótimo. Não fiz pelas pernas durinhas e o bumbum sarado – isso seria uma conseqüência – fiz pela saúde mesmo. E deu certo! Minhas dores na coluna e no braço direito (por causa do computador) sumiram como mágica. Eu adorava. Só que comecei a fazer as aulas teóricas da CNH e perdi quase uma semana paga de academia. Depois vieram as práticas e decidi parar e voltar quando terminasse a carteira. Só que percebi que se eu não apertar todo meu orçamento não vou ter o dinheiro que quero pro intercâmbio, então mesmo a academia não sendo tão cara, decidi abrir mão pra juntar um dinheiro que com certeza vai fazer diferença. E olá dor nas costas novamente.

Gastar menos com roupas, calçados e passeios – Sabe o que é tu pensar duas vezes antes de comprar aquela jaqueta de couro (sintético) que era teu sonho de consumo há anos? Então. É o que eu estou fazendo. Pensando mil vezes, aliás. Eu tinha decidido que nesse inverno compraria uma, gastaria até R$ 200,00. Só que agora com a reprovação na prova da CNH e mais alguns gastos extras que eu tive, percebi que preciso muito mais de R$ 200,00 pro intercâmbio do que de uma jaqueta. Viva o desapego! #sqn HAHAHA. A última vez que eu comprei um calçado foi quando, mesmo? Acho que em setembro do ano passado! Isso mesmo! Faz quase um ano. Au poor feelings total. Menos idas ao cinema, menos passeios caros (não que eu fizesse muitos, mas né), menos idas em barzinhos, menos gastos no geral. Bem-vindo ao Au Pair's World!

Conforme eu for lembrando ou for precisando abrir mão de mais coisas (espero que não haha) vou contando aqui. Sei que quando eu já estiver nos EUA realmente vivendo tudo isso terei que abrir mão de muito mais coisas, mas vou contar todas as partes, afinal, o começo também faz parte dessa realidade auperiana, né?! 

E vocês, do quê já “abriram mão” pelo au pair? Comentem!

See you soon.

A minha saga em busca da CNH


Em janeiro quando decidi ser au pair, a primeira coisa que fui resolver foi a CNH. Como eu falei no post anterior, tirar a CNH significava realmente fazer o au pair, significava abrir mão de qualquer outro intercâmbio pago pelo menos pelos próximos anos, porque era eu quem pagaria e o valor investido na CNH faria muita diferença em outro tipo de intercâmbio. Aliás, foi por isso que eu não a fiz com 18 anos. Eu já estava guardando dinheiro pro intercâmbio nessa época.

Peguei meu suado dinheirinho e paguei à vista. Se não me engano em fevereiro (se estiver errado atualizo depois) comecei minhas aulas teóricas. Foi um saco. Acordar hiper cedo pra começar uma hora antes do meu horário no meu estágio pra não abusar tanto da minha chefe linda e querida que me liberou pra fazer as aulas, depois almoçava correndo, pegava o bus e caminhava mais um pouco até a escola. As aulas eram um porre. Eu dormia pelo menos uma meia hora. Não me julguem, eu estudo todas as noites e ia dormir tarde, ok?! HAHA. Ainda bem que a professora era super compreensiva e dizia entender que trabalhávamos, estudávamos, estávamos cansados e as aulas eram puxadas. Aí eu nem ficava de consciência pesada. Quando meus olhos não agüentavam mais eu escorava a cabeça na mão e apagava.

Terminei as aulas, fiz a prova teórica, passei e consegui agendar as primeiras aulas práticas só pra maio. Abri mais uma vez a carteira, paguei à vista e esperei. Agendei todas as aulas de uma vez, pro mês de maio inteiro. Como tava super dentro do meu prazo, não marquei todos os dias pra não ficar muito puxado, mas agora me arrependo. A maioria foram no horário depois do estágio e antes da aula (das 17hs às 19hs) pra não abusar mais da boa vontade da chefe. O problema é que eu fiz a cagada de agendar duas aulas duplas num dia de tarde. Das 13hs às 15hs. Uma semana antes da minha prova eu perco essas duas aulas porque me confundo e chego pra aula às 17hs. Quando outra menina entra no meu carro, com o meu instrutor, eu pergunto pra ele o que houve e ele diz que meu horário era às 13hs! GREAT! Tomei.

Quando vou remarcar essas aulas, descubro que não tem mais horário com ele nem com nenhum outro instrutor de uno antes do dia da prova e que minha prova prática, marcada pro dia 31 de maio teria que ser remarcada e a próxima data disponível era dia 5 de JULHO. PQP. Pra minha sorte eis que surge meu instrutor e vem me dar oi, perguntar se vou conseguir marcar, eu explico a situação e ele se dispõe a fazer hora extra pra que eu possa fazer essas duas aulas e não perder a prova do dia 31. Quase beijei ele haha, super gente boa. Bora lá desembolsar mais grana. R$ 65,00, me senti rasgando dinheiro, mas ok.

Completei minhas aulas, a última com um carro diferente, porque era hora extra e meu carro tava ocupado, uma chuvarada (eu nunca tinha dirigido na chuva, nenhuma das minhas aulas foi em dia de chuva) fiquei super nervosa, deixei o carro apagar algumas vezes, não consegui arrancar em lomba algumas vezes, o acelerador era diferente... Mas enfim, deu tudo certo, eu sabia que no meu carro seria diferente e eu estava preparada.

Sexta-feira calma por causa do pós feriado, dia de prova, minha chefe linda me dá o dia de folga, acordo super feliz, um dia lindo de sol, consigo carona com o motorista do ônibus até o local próximo da prova, porque lembrei que meu ônibus não passava lá perto só depois que já tava na parada e não tinha mais o que fazer, se ele não pudesse me deixar lá eu ia ter que ir a pé mesmo e ia chegar atrasada, mas meu instrutor disse que não tinha problema chegar atrasada, mas cheguei no horário, uma mulher já tava passando as instruções pro pessoal, me juntei a eles, depois que ela terminou eu saí de perto, como todos me orientaram.

Esqueci de levar o fone de ouvido, então fiquei jogando no celular pra me distrair. Fiquei de costas pra todo mundo, pra ninguém vir falar comigo (bem antissocial haha). Uma hora depois chega a minha vez. Examinadora não muito simpática. Conhecida do meu instrutor, lancei pra ela o que ele me falou: que era pra ela ser querida comigo e tal, mas ela não se importou muito, disse que se eu fizesse tudo certo tudo ia dar certo haha SÉRIO?

Faço a minha baliza linda, quase perfeita. Quando chego no fim ralo a roda no cordão. Dá uma leve mexidinha no carro, mas nem chega perto de subir e atropelar algum pedestre na calçada. Fiquei tranqüila, meu instrutor disse que o único problema era forçar a subida. Até porque nas aulas pintei o cordão várias vezes HAHA.

Ela manda seguir, na primeira esquina deixo apagar. ESQUEÇO DE COLOCAR O PÉ NA EMBREAGEM, dá pra acreditar nisso? Aí eu penso: belê, só não posso errar mais nada agora. SÓ que ela me manda dobrar a direita, e dobrar a direita de novo, voltando pro lugar da prova... Aí eu já vi que tinha dado merda. Estacionei o carro, me dei o trabalho de dar a ré pra deixar ele dentro dos 50 cm, vai que né, a esperança é a última que morre.

Saímos do carro, ela anota algo no papelzinho e me diz assim: “É, tu perdeu 2 pontinhos ali quando raspou no cordão e mais 3 lá quando deixou apagar. Fica pra próxima.” Eu nem olhei na cara dela, saí muito triste me sentindo uma loser porque né, eu tava bem confiante que ia passar e tudo tava a meu favor.

Ontem fui remarcar a prova, dia 5 de JULHO D: se eu não passar vai arruinar meus planos de ir em julho de 2014 já com a permanente. Mas consegui duas aulas pro mesmo dia, com outra instrutora, mas no mesmo carro E logo antes da prova, então tá ótimo. Desembolsei mais R$ 140,00. Essa carteira ta me saindo mais cara do que eu esperava. Agora só o que eu quero é vir aqui e dizer: 

I GOT MY CNH! 
HAHAHA.

See you soon.

Como eu cheguei até aqui



A primeira coisa que eu preciso dizer é que amo escrever. Meus posts dificilmente serão pequenos. Se não gosta de ler, melhor sair enquanto é tempo. Se gosta, pega a sua xícara de café e chega mais perto, pra acompanhar a minha história que começo a registrar a partir de hoje, e sentir, através dos meus desabafos, toda a minha ansiedade, angústia, tristeza e felicidade. Se você conhece ao menos um pouquinho do programa Au Pair, sabe que vivemos em uma montanha russa de sentimentos. Então seja bem-vindo (a) à minha realidade auperiana!

Acho que foi com 18 anos (tenho 20 agora!) que eu comecei a entrar em contato com o mundo do intercâmbio. Nos meus 6 meses parada – pós ensino médio e pré faculdade – sem saber o que fazer da vida, tive bastante tempo pra fazer o que eu gostava, e isso inclui ficar de bobeira na internet, é claro. Conheci alguns blogs e vlogs de intercâmbio e acompanhei do início ao fim a saga de algumas meninas que foram para outros países em busca de um sonho.  Um pouco antes uma amiga havia ido morar fora, fazer high school e depois college, e eu sempre me perguntando como ela teve coragem de largar tudo aqui e ir sozinha pra um país desconhecido, com pessoas desconhecidas... Até então eu jamais havia me imaginado longe da minha zona de conforto. Longe do meu quarto, do meu cantinho, do meu chá de marcela depois da comilança...

Foi depois de acompanhar todas essas histórias que a vontade de intercâmbio foi crescendo cada vez mais. Eu comecei a procurar todos os tipos, pra todos os lugares, pra todos os bolsos. Mas nenhum se encaixava no meu. R$ 25.000,00 por um intercâmbio de 6 meses? Fora o dinheiro que meus pais precisariam me mandar todo o mês? No way...

Aí surgiu o Santander Universidades. Eu fiquei super empolgada, fui pesquisar sobre e a minha Universidade não fazia parte do programa. Shit. Aí surgiu o Ciências sem Fronteiras. Mas adivinhem? O meu curso não estava incluso... Eu via todas as minhas chances escapando pelos meus dedos sem poder fazer nada (dramáática – sim, sou muito).

Mas eu precisava dessa experiência. Se antes eu não me imaginava, agora eu sentia necessidade de sair da minha zona de conforto. Eu queria ter essa experiência, eu queria conhecer gente nova, entrar em contato com uma cultura diferente, falar outro idioma... Eu vi logo de cara que o au pair era o mais barato, mas eu namorava desde os 15, não tinha CNH, muito menos experiência com crianças. E apesar de gostar de criança, nunca fui muito pacienciosa com criança mal criada. Esse foi descartado. Me interessei pelo TRUE USA: trabalho nas férias da faculdade com 1 mês de viagem pelos EUA. E mais tarde iria trabalhar em cruzeiro. Estava quase decidido. Contatei agências, pesquisei valores, só faltava juntar o dinheiro.

Desde meu primeiro mês de carteira assinada parte do meu salário eu guardava pra um intercâmbio, mesmo que ainda não tivesse certeza de qual faria. Uma pós no exterior depois da faculdade, quem sabe. Mas final do ano passado, mais precisamente em novembro, descubro que tenho doença celíaca. Celí o quê? É, celíaca. Alergia ao glúten. Ou seja, minha vida virou de pernas pro ar. Todos os nossos hábitos diários (meus e da minha família) precisaram ser modificados, toda a minha alimentação precisou ser modificada. Gastos com diversos médicos (que ainda não acabaram), ansiedade, insônia, remédios controlados. E o pior: adeus intercâmbio para trabalhar em fast food. Adeus trabalho em cruzeiro. O motivo? Cozinhas, microondas, utensílios compartilhados. Contaminação cruzada, glúten por toda a parte. É, eu vi meu sonho escorrendo por água abaixo e isso acabou comigo.

Mas foi desabafando num grupo sobre doença celíaca que conheci duas meninas jovens (também celíacas) como eu que tiveram experiências de intercâmbio bem sucedidas. Uma foi pra Finlândia, onde todo mundo sabia sobre a doença e outra foi para Buenos Aires e morou em casa de família, podendo ter as coisas dela separadas... Foi aí que comecei a cogitar o au pair novamente e passei dias lendo dezenas de blogs. Descobri que um frigobar é baratinho nos EUA, assim como um microondas. E ainda conheci uma au pair celíaca, que me deu várias dicas sobre tudo. E o sonho foi crescendo novamente. Em janeiro mesmo decidi que era o au pair que me ajudaria a tornar esse sonho realidade.

Só faltava preencher os requisitos. Tirar a CNH que eu ainda não tenho, porque o au pair é o único tipo de intercâmbio que exige CNH, então caso eu fizesse outro, o valor investido na CNH faria muita falta, melhorar o inglês e o principal: correr atrás de experiência com crianças. O namorado eu ainda tenho e ele aceitou e me apoia, pois me ama e sabe o quanto esse intercâmbio é importante pra mim. Mas falarei mais sobre isso em outro post, porque esse aqui já ficou grande demais. Assim vocês não vão mais querer voltar, né? Haha 

See you soon :)

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." - Amyr Klink
 
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